Racismo no Brasil |
O racismo é qualquer pensamento ou atitude que separam as raças
humanas por considerarem algumas superiores a outras.
Quando se fala de racismo, o primeiro pensamento que aparece na mente
das pessoas é contra os negros, mas o racismo é um preconceito baseado na
diferença de raças das pessoas.
Pode ser contra negros, asiáticos, índios, mulatos, e até com brancos,
por parte de outras raças. Por terem uma história mais sofrida com o
preconceito, os negros são principal referência quando é discutido o tema
racismo.
O racismo em uma pessoa tem diversas origens, depende da história de
cada um. Em alguns casos, pode ser por crescerem ouvindo as diferenças e
superioridade de determinadas raças, em outros, alguma atitude que moldou seu
pensamento. Não importa como o racismo cresceu na mente das pessoas, mas vale
ressaltar que se ele for provado, é um crime inafiançável, com pena de até 3
anos de prisão.
Além disso, algumas pessoas valorizam tanto a superioridade de raças
que acreditam na purificação delas, onde dominariam o meio em que vivem. Essa
justificativa apareceu na escravidão, em que os negros trabalhavam em
condições precárias e eram vendidos como objetos. No nazismo, o foco
principal eram os judeus, mas também perseguiam negros, homossexuais, entre
outras minorias, para serem executados nos campos de concentração.
Com isso, percebe-se como o racismo fez parte da história, e como
alguns grupos sofreram muito com isso.
Embora no Brasil haja uma forte mistura de raças, a incidência de
racismo pode não ser tão evidente para alguns, mas ele não deixa de existir.
Em alguns casos, ele ocorre de forma sutil, em que nem é percebido
pelas pessoas.
Pode acontecer em forma de piadas, xingamentos, ou simplesmente evitar
o contato físico com a pessoa. A verdade é que nenhum lugar está protegido do
racismo.
Para saber mais sobre o racismo no Brasil, sua história e casos na
atualidade, veja no site mais informações.
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http://racismo-no-brasil.info
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O "problema" da
abolição
Desde o
dia 22 de abril de 1500, nunca mais o Brasil se viu livre da discriminação, a
qual nasceu com ele. Tudo começou com os índios, passando pelos negros escravos
e alcançando os nossos dias, com a discriminação dos pobres, deficientes
físicos, homossexuais, mulheres, crianças e adolescentes entre outros. Mas de
todos os excluídos, os negros, com toda a certeza, foram os que mais sofreram
com o preconceito. Junto com os indígenas, foram as grandes vítimas no Novo
Mundo, sofrendo terríveis agonias e sofrimentos, participando de lutas, morte e
martírio, em busca da libertação da horrível escravidão que lhes foi imposta.
Durante
os três primeiros séculos de história de nosso país, foram trazidos para cá,
como escravos, mais de três milhões de africanos, os quais, através da força do
seu trabalho, acumularam riquezas que hoje formam o patrimônio das atuais
elites econômicas brasileiras. Com a abolição da escravatura, em 1888, o Estado
Brasileiro deixou os negros à mercê da concorrência do mercado capitalista. Só
depois de 100 anos do fim da escravidão, e mais de 400 anos de luta do povo
negro, é que este Estado se propõe a pensar e elaborar políticas públicas
para valorização dos descendentes de africanos escravizados no Brasil.
No Brasil
Colônia, a base da economia e de sua riqueza estava no trabalho escravo. O
Brasil foi o último país da América a abolir o terrível regime escravista, no
ano de 1888, ato que condenou a Monarquia e abriu as portas para a República.
Na época, o trabalho assalariado já despontava como o mais adequado à sociedade
industrial em formação. Os negros, que até então não tinham outro trabalho a
não ser o braçal se viram, repentinamente, sem labor ou onde morar, pois sua
permanência nas terras do antigo senhor de escravos não era mais possível. Ao
mesmo tempo, o Brasil abriu suas portas à mão de obra imigrante, principalmente
de pessoas vindas da Europa, negligenciando os ex-escravos negros, em sua
grande maioria, marginalizando-os, deixando-os sem trabalho e sem acesso à
escola, refugiados em quilombos, favelas, mocambos e palafitas. De repente, os
negros foram declarados livres e, após a alegria inicial, descobriram-se sem
teto, trabalho e meios de sobrevivência. Durante a vida toda, os negros
trabalhavam para seus senhores, nunca para si, recebendo um mínimo para sua
subsistência. Com o fim da escravidão, não ocorreu aos abolicionistas a
necessidade de garantir-lhes meios para sua sobrevivência nem a posse da terra
para sua fixação. Favorecidos de um lado, a marginalização dos negros não
acabou, apenas "mudou de roupagem", pois sua discriminação ganhou uma
outra perspectiva: o esquecimento.
A partir
do capitalismo o indivíduo negro, quando não permanecia desempregado por não
possuir qualificação, passou a ser utilizado em serviços que exigiam
mão-de-obra pesada. De escravo, o negro passou a ser assalariado, mas não
ascende, socialmente, como os brancos. A qualificação era imprescindível no
regime capitalista e, justamente por apresentar mais procura do que oferta, o
mercado de trabalho era seletivo, estando os negros em último lugar na ordem de
preferência. Esta tendência continua, ainda, nos dias de hoje, evidentemente.
Os negros, em sua grande maioria, continuam sem vez e sem voz, em trabalhos
mais pesados e em regime de quase semi-escravidão, particularmente nas
fazendas. Aos negros sobraram os pequenos serviços: o comércio ambulante, o
conserto, o biscate e, sobretudo, os serviços pessoais.
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